SIGO VIVO

Como pode alguém gostar tanto de viver, mas não se importar com a morte iminente? Não dar a mínima pra isso? Às vezes, raramente, confesso, até desejo que ela venha mesmo. Porém, não raramente, depois bate certo arrependimento em ter pensado nisso; é que desfazer da vida soa meio ingrato, sei lá. O certo é que sigo, vivo, e vivo como se o amanhã não houvesse. Então, um brinde ao porvir: tim-tim.

Luciano Caettano

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