O que leva uma pessoa a arranhar o carro da outra? Ou a quebrar-lhe o retrovisor? Ou a causar qualquer tipo de dano ao outro como forma de atingi-lo? De onde vem essa maldade e por quê? Tem gente que é maldosa até mesmo sem motivo aparente, não é verdade? Contudo, tenho a impressão de que a inveja e o ciúme quase sempre são os motivos para alguém querer ou fazer o mal ao outro.
Tem gente que não se contenta com o que é ou com o que possui. Fica sempre reparando nos outros, está sempre de fofoca, de “olho gordo”, ao invés de ir cuidar da sua própria vida, ignorando que a vida é uma oportunidade valiosa que Deus nos dá para buscarmos nossa evolução. O invejoso nem sempre fica só no desejo, isto é, desejando o mal, muitas vezes ele a pratica, simplesmente para regozijar-se do dissabor alheio. Claro, uma alegria insana, perversa, diabólica.
Outra classe malvada é a dos ciumentos. Mas não falo aqui do ciúme que chega a ser confundido com proteção, se é que isso existe. Falo do dito “ciúme possessivo”, infelizmente algo tão comum nesse plano terrestre. Esse tipo de ciumento trata o outro como propriedade, persegue, faz ameaças e, evidentemente, pode matá-lo para não vê-lo na companhia de outra pessoa. Nesses casos, inclusive, sofre também quem estiver na companhia da vítima do ciumento. Muitas mortes acontecem porque ex-companheiros não aceitam o fim do relacionamento.
Evidentemente, todos nós estamos sujeitos a praticar algum tipo de maldade. Uns conseguem dominá-la, outros não. O maldoso, sobretudo o invejoso, procura sempre agir na surdina para não ser descoberto. Acha que assim nunca será punido. Ledo engano! Nenhum tipo de maldade passa incólume à Justiça Divina - a única que age com perfeição na medida, no tempo e no espaço.
Certa vez, fui a uma festa e lá havia estacionamento pago. Era dessas “sunsets”. Estacionei. Tudo normal. Era sábado. No domingo de manhã, notei que haviam arranhado o capô do meu carro, provavelmente com uma chave (de outro veículo). Evidentemente, na hora eu fiquei indignado. Pensei em porquê aquilo tinha acontecido e, mais, em como podia existir gente assim.
Porém, eu sou desses que teve contato com a doutrina espírita. Eu sei que quem fez a maldade, por mais que eu nunca vá saber quem seja, a sua ação foi flagrada pelo plano espiritual, pela Justiça Perfeita, então, mais cedo ou mais tarde, essa pessoa pagará pelo dano causado. Ou seja, todo o mal que a gente pratica é, além de tudo, uma autossabotagem evolutiva, porque o retorno nos é certo.
Por isso, não importa se não houveram testemunhas, se não haviam câmeras, se não houve flagrante. Não importa nem mesmo o motivo do arranhão (se por inveja, ou ciúme, ou seja lá o que for), o que importa é que a maldade - assim como a bondade (é bom que se diga) - nunca é ignorada. Ou seja, não existe crime perfeito do ponto de vista espiritual.
Portanto, faça o bem, ainda que o seu pensamento esteja inclinado para algum tipo de maldade. Pense, repense, acalme-se, e só então aja. Sem dúvida, não vale à pena praticar o mal, pois ele nunca trará boa colheita (Lei da Semeadura). Que a bondade prevaleça em nossos corações, nos elevando cada vez mais moral e espiritualmente. Avante!
por Luciano Caettano
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